Quase totalmente reconstruída sobre as ruínas de um templo gótico de três naves, muito danificado por um pé de vento ocorrido em 19 de novembro de 1724 e totalmente destruído pelo terramoto de 1755, conserva a mesma invocação, embora sem as honras de basílica que possuía.
Embebida na fachada do lado direito do pórtico, uma pedra relavada com um signo-saimão, evidencia remeniscências do antigo templo.
Sobre a porta principal, tem a inscrição "Beatus es Simon Bar Jonas"
Na capela mor abobadada, admira-se riquíssimo retábulo de talha seiscentista, enquadrando na tribuna um painel sobre tela representando S. Pedro recebendo de Cristo as chaves do Céu.
É da autoria de João da Costa, pintor obidense do século XVII, o que alguns contestam.
Na nave coberta por teto de esteira, existem diversos altares com abundante imaginária setecentista entre os quais merecem especial menção Nossa Senhora da Piedade e S. Martinho, ambos góticos.
No lado direito de quem entra, a antiga Capela do Santíssimo Sacramento.
Toda a obra de talha desta Capela pertenceu à antiga Capela do Santíssimo Sacramento do extinto Convento do Valbenfeito dos frades Jerónimos, sendo notável a talha policromada, toda de frutos, sobre a qual assentam as colunas.
Na parede do altar mor do lado norte estão depositadas as cinzas do insigne orador sagrado Beneficiado Francisco Rafael da Silveira Malhão.
Sob o soalho da entrada da sacristia junto ao altar colateral de Nossa Senhora do Rosário a campa da conhecida pintora obidense Josefa d'Ayalla, o que parece duvidoso, atendendo à destruição do templo.
Nas paredes da entrada, de ambos os lados admiram-se dois medalhões pintados sobre madeira, representando S. João Evangelista e S. Marcos, atribuídos a Josefa d'Óbidos.
No adro da Igreja, do lado esquerdo, a pedra tumular, já bastante desvanecida, de João Annes do Pó, antigo alcaide-mor.
Na sacristia do templo recentemente restaurado existem diversas imagens do século XVII, em que se destaca uma de S. Benedito (preto).
Anexo à Igreja do lado da torre sineira existia a Capela de S. Luís, também totalmente destruída pelo terramoto, e onde Joanes Pais Cordeiro instituíra morgadio.